Por: Mirian Ferreira
Por que falar de uma árvore de 200 milhões de anos? O Ginkgo biloba é um dos últimos representantes vivos de uma linhagem vegetal da era mesozoica, praticamente imutável em morfologia desde sua origem, o que lhe confere o status de “fóssil vivo”. A planta sobreviveu a extinções, eras glaciais e até à bomba nuclear em Hiroshima – seis árvores rebrotaram após o ataque em 1945 – tornando-se símbolo de resistência e esperança.
No paisagismo, o Ginkgo oferece:
O extrato padronizado EGb 761 reúne flavonoides e lactonas (ginkgólidos A–M) com ação antioxidante, neuroprotetora e ansiolítica:
Em camundongos com Alzheimer, o EGb 761 reduziu placas amiloides e inflamação (TNFα), alterando microglia — células imunes do cérebro — especialmente no córtex pré-frontal.
O extrato standardizado tem 80–90 % de biodisponibilidade, com pico plasmático em ~1,5 h. Já o chá das folhas tem menos de 5%, pico tardio (~3–4 h) e efeito clínico duvidoso.
Variantes nos genes CYP2C19, CYP2D6 e CYP3A4 afetam a metabolização de ginkgólidos. Metabolizadores lentos tendem a manter níveis mais altos no sangue e relatam respostas mais expressivas à cognição — uma nova fronteira para a medicina personalizada.
O Ginkgo destaca-se por combinar memória, ansiedade e valor paisagístico, enquanto os outros são mais voltados a performance ou adaptogenicidade.
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Com protocolos adequados, o Ginkgo alcança até 80 % de sobrevivência em Minas, Paraná e Centro-Oeste. Recomendações práticas:
Efeitos adversos leves incluem desconforto gastrointestinal e cefaleia. O principal alerta é o risco aumentado de sangramento com anticoagulantes/antiplaquetários. Recomendações:
Nas cidades, a árvore ajuda a mitigar ilhas de calor, promover evapotranspiração, servir de abrigo para insetos e aves e reduzir o uso de pesticidas — um ícone de paisagismo sustentável.
Uma curiosidade: O Ginkgo biloba produz sementes envoltas por uma polpa macia que se parece, mas não é, biologicamente — com um fruto verdadeiro. Estas estruturas são conhecidas como “falsos frutos” ou “drupas” e, quando maduras, têm cheiro muito desagradável devido ao ácido butírico.
Dentro desse falso fruto está a semente do ginkgo, que muitos chamam de “amêndoa”, embora tecnicamente seja apenas uma semente grande e comestível após preparo correto, não devendo ser consumida crua por questões de toxicidade.
Cultivar Ginkgo biloba não é apenas prestigiar uma árvore imponente, mas aproximar-se de um símbolo vivo de história, ciência e bem-estar. Seu cultivo representa a fusão de estética, neurociência moderna e sustentabilidade urbana — um convite para transformar fascínio em prática cotidiana que nutre a memória, acalma a mente e colore o futuro.
Sou uma jornalista com mais de 30 anos de carreira e apaixonada por café e aqui neste blog uso meu conhecimento técnico e meu gosto pela escrita para falar com outros coffee lovers, mostrando tudo o que acho interessante no universo do café.
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